O Drex — nome oficial do Real Digital — é a nova moeda digital do Brasil, criada e emitida pelo Banco Central (BCB).
A iniciativa faz parte do projeto de Moeda Digital de Banco Central (CBDC) e está regulamentada pela Resolução BCB nº 315, de 6 de dezembro de 2023, que estabeleceu o ambiente de testes (piloto Drex) com instituições financeiras e empresas de tecnologia.
Mais do que uma inovação tecnológica, o Drex representa o novo modelo de moeda digital do país, marcando uma mudança estrutural na forma como pessoas e empresas vão lidar com o dinheiro, pagamentos e registros contábeis.
Assim como o Pix transformou as transferências, o Drex promete redefinir o modo como operamos financeiramente na economia digital brasileira.
Mas afinal: o que é o Drex, como ele funciona e quais serão os impactos para o dia a dia das empresas?
O que é o Drex e por que ele foi criado
O Drex é a versão digital do real, desenvolvida pelo Banco Central dentro do conceito de CBDC (Central Bank Digital Currency) — uma moeda digital oficial e rastreável, que integra o Brasil à tendência mundial de digitalização financeira.
Ele terá o mesmo valor do real físico, mas existirá somente em formato digital, com lastro oficial e rastreabilidade total.
O nome Drex resume os princípios do projeto:
-
D de digital,
-
R de real,
-
E de eletrônico e
-
X de conexão.
O objetivo é conectar o sistema financeiro à economia digital, criando uma integração financeira inteligente entre bancos, fintechs, empresas e o governo.
Como o Drex vai funcionar na prática
O Drex funcionará sobre uma plataforma blockchain, semelhante à tecnologia que sustenta as criptomoedas, mas com controle total do Banco Central.
Isso garante segurança, transparência e rastreabilidade em todas as operações.
O acesso será feito por meio de bancos e instituições financeiras autorizadas, da mesma forma que o Pix opera hoje — com integração simples e instantânea.
As possibilidades são amplas:
✅ Pagamentos automáticos e inteligentes entre empresas.
✅ Contratos digitais programáveis, com execução automática de cláusulas.
✅ Transferências instantâneas com custo reduzido.
✅ Integração direta com sistemas contábeis, reduzindo erros e retrabalho.
👉 Na prática: imagine pagar um fornecedor e ver o registro contábil gerado automaticamente no ERP, com conciliação e conferência fiscal já feitas.
Esse é o tipo de automação que o Drex vai tornar realidade na transição para o sistema digital.
Impactos do Drex para empresas e empreendedores
O Drex não é apenas uma inovação no meio de pagamento — é uma mudança que impacta toda a gestão financeira, contábil e tributária das empresas.
Com a digitalização total do dinheiro, todas as movimentações serão registradas automaticamente na blockchain, trazendo ganhos em precisão, controle e transparência.
Principais impactos esperados:
-
Integração com sistemas contábeis: os registros de entrada e saída serão automáticos.
-
Controle fiscal aprimorado: as transações poderão ser rastreadas, reduzindo erros e inconsistências.
-
Facilidade no cumprimento de obrigações tributárias: as informações serão mais precisas para a apuração de impostos.
👉 Na prática: o gestor terá uma visão completa do fluxo de caixa e das obrigações em tempo real, sem precisar consolidar dados de forma manual.
Essa é uma das maiores evoluções rumo à contabilidade automatizada.
Diferença entre o Drex e as criptomoedas
Embora o Drex utilize a mesma base tecnológica das criptomoedas — a blockchain —, ele não é uma criptomoeda.
A principal diferença está na origem, no controle e na segurança que cada tipo de ativo oferece.
O Drex será emitido e controlado pelo Banco Central do Brasil, ou seja, é uma moeda oficial, com o mesmo valor do real físico e lastro garantido pelo governo federal.
Isso significa que 1 Drex sempre valerá 1 real, trazendo estabilidade e previsibilidade para o mercado.
Já as criptomoedas, como o Bitcoin ou o Ethereum, funcionam em um sistema descentralizado, sem a supervisão de um órgão público.
Elas não possuem garantia estatal nem valor fixo — seu preço varia conforme a oferta e a demanda do mercado, o que as torna altamente voláteis.
Além disso, enquanto o Drex será totalmente regulamentado, com regras definidas pelo Banco Central e pela Receita Federal, as criptomoedas ainda operam com menor controle institucional.
👉 Em resumo: o Drex é dinheiro oficial em formato digital, seguro, estável e regulamentado.
As criptomoedas são ativos privados, úteis para investimentos e inovação, mas que funcionam fora da estrutura financeira tradicional.
Quando o Drex será lançado oficialmente
O projeto Drex está em fase piloto desde 2024, com testes realizados por bancos, fintechs e empresas de tecnologia autorizadas pelo Banco Central.
O lançamento oficial está previsto entre 2025 e 2026, de forma gradual e segura.
Essa etapa de testes serve para avaliar a infraestrutura, segurança e integração do sistema antes da liberação ao público.
Empresas que se prepararem desde já terão vantagem competitiva, pois poderão ajustar seus sistemas contábeis, contratos e rotinas financeiras com antecedência.
Como o Drex vai simplificar a contabilidade
A chegada do Drex deve tornar a contabilidade ainda mais automatizada e confiável.
Cada transação digital terá validade legal e será automaticamente registrada e conciliada com o sistema contábil da empresa.
Com isso, será possível:
✅ Gerar relatórios financeiros em tempo real.
✅ Acompanhar obrigações e tributos com precisão.
✅ Reduzir o tempo gasto com conciliações manuais.
👉 Na prática: o contador poderá acessar todas as movimentações já classificadas, com integração direta ao ERP e cruzamento automático com dados fiscais.
O resultado será mais agilidade, segurança e eficiência na rotina contábil.
O papel do contador na era do Drex
Mesmo com tanta automação, o contador continuará sendo essencial.
Seu papel evolui: deixa de ser apenas operacional para se tornar consultivo e estratégico.
O profissional contábil será responsável por interpretar os dados gerados pelo Drex, orientar decisões financeiras e garantir que as empresas mantenham a conformidade tributária e fiscal.
👉 Atenção: quem contar com uma contabilidade atualizada e digital estará mais preparado para tirar proveito das oportunidades dessa nova economia.
Conclusão: o Drex e o futuro da economia digital
O Drex é o passo mais importante do Brasil rumo à digitalização completa da economia.
Ele vai integrar tecnologia, segurança e transparência, reduzindo burocracias e aproximando empresas, contadores e o governo em tempo real.
Assim como o Pix simplificou as transações bancárias, o Drex promete simplificar toda a relação financeira e contábil das empresas brasileiras.
E quem se preparar agora estará pronto para aproveitar o máximo desse novo ecossistema digital.
👉 Fale com a SABER Contábil e descubra como adaptar sua empresa à era do Real Digital.
Nosso time acompanha de perto as atualizações do Banco Central e pode orientar sua empresa em cada etapa dessa transição.
Perguntas frequentes sobre o Drex
O que é o Drex?
É o Real Digital Brasileiro, uma moeda digital oficial emitida pelo Banco Central, com o mesmo valor do real físico.
Qual é o embasamento legal do Drex?
O projeto está regulamentado pela Resolução BCB nº 315/2023, que criou o piloto do Real Digital no Brasil.
Quando o Drex será lançado?
O Banco Central prevê o lançamento oficial entre 2025 e 2026, após a conclusão da fase de testes com instituições financeiras.
O Drex vai substituir o dinheiro em papel?
Não. O Drex será uma versão digital do real, mas o dinheiro físico continuará circulando normalmente.
Como o Drex impacta as empresas?
O Drex trará mais automação, rastreabilidade e integração contábil, tornando o controle financeiro mais preciso e ágil.
