Abrir uma empresa em Uberlândia é o sonho de muita gente que quer empreender. A cidade é uma das mais promissoras de Minas Gerais, com forte desenvolvimento econômico e diversas oportunidades.
Mas se você ainda não sabe nem por onde começar, calma! É completamente normal se sentir perdido com tantos termos técnicos, exigências legais e decisões importantes.
Este artigo foi feito para quem é totalmente leigo no assunto. Vamos te ensinar o passo a passo completo, explicando tudo com uma linguagem simples, como se estivéssemos conversando com um amigo.
Índice
Toggle1. Antes de tudo: planeje seu negócio
Todo negócio de sucesso começa com um bom planejamento.
Antes mesmo de abrir o CNPJ, é fundamental elaborar um plano de negócios — um documento que transforma suas ideias em um projeto real, estruturado e viável.
Esse plano funciona como um mapa estratégico, ajudando você a enxergar o caminho antes de dar os primeiros passos.
Comece respondendo algumas perguntas essenciais:
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O que exatamente sua empresa vai oferecer?
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Quem é o seu cliente ideal?
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De quanto capital inicial você vai precisar?
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Qual é a sua meta de faturamento nos primeiros meses?
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Quem são seus principais concorrentes e o que eles fazem bem (ou mal)?
Não precisa ser um documento complexo ou técnico demais.
O objetivo é ganhar clareza sobre o negócio — entender se a ideia é realmente viável e como transformá-la em uma empresa lucrativa e sustentável.
👉 Na prática: um bom planejamento evita desperdícios, reduz riscos e permite que suas decisões sejam guiadas por dados e estratégia — não por achismos.
2. Defina o endereço da sua empresa
Escolher o endereço da sua empresa é uma etapa mais importante do que parece.
É esse local que determinará onde o CNPJ será registrado, de onde as notas fiscais serão emitidas e se você precisará de licenças específicas para operar.
Mas atenção: nem todo endereço pode receber uma empresa.
Antes de tomar qualquer decisão, é obrigatório realizar uma Consulta de Viabilidade no site da Junta Comercial de Minas Gerais (JUCEMG).
Esse procedimento confirma se o tipo de atividade que você pretende exercer é permitido naquele endereço.
Você pode utilizar diferentes tipos de local, dependendo do seu modelo de negócio:
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Um ponto comercial — ideal para quem precisa de espaço físico para atender clientes ou vender produtos.
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Um coworking — excelente opção para quem busca praticidade e economia.
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O próprio endereço residencial — permitido em alguns casos, especialmente para atividades administrativas ou de prestação de serviços.
👉 A SABER Contábil pode cuidar de todo esse processo para você, garantindo que seu endereço esteja dentro das normas municipais e pronto para o registro do CNPJ.
3. Escolha o tipo de empresa: MEI, ME ou EPP
Definir o tipo de empresa é uma das decisões mais importantes — e também uma das mais mal compreendidas por quem está começando.
Essa escolha determina quanto sua empresa pode faturar, se poderá ter sócios e quais impostos precisará pagar.
Veja as principais opções:
MEI — Microempreendedor Individual
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Faturamento anual: até R$ 81 mil
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Funcionários: permite apenas um colaborador
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Tributação: impostos fixos e reduzidos (em média R$ 80/mês)
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Abertura: registro gratuito e 100% online
Atenção: nem todas as atividades podem ser enquadradas como MEI. Profissões regulamentadas — como médicos, engenheiros e desenvolvedores — estão fora dessa categoria.
ME — Microempresa
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Faturamento: até R$ 360 mil por ano
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Sociedade: permite ter sócios e contratar mais funcionários
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Regimes tributários: pode optar pelo Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real
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Perfil ideal: empresas que desejam crescer com estrutura e formalização completa.
EPP — Empresa de Pequeno Porte
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Faturamento: entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões por ano
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Indicação: ideal para negócios em expansão
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Vantagem: possibilidade de aderir ao Simples Nacional, simplificando o recolhimento de tributos.
Na prática: escolher corretamente o tipo de empresa evita pagar impostos indevidos, mantém seu negócio dentro da lei e garante espaço para crescer de forma sustentável.
4. Escolha a natureza jurídica: EI, SLU ou LTDA
A natureza jurídica define como sua empresa existe “no papel” e, principalmente, o nível de proteção do seu patrimônio pessoal. É diferente do regime tributário (Simples, Presumido, Real): aqui estamos falando da forma societária — quem responde por quê, como entra (ou não) sócio, como se toma decisão e qual é o grau de responsabilidade em dívidas.
Visão geral rápida
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EI — Empresário Individual: sem sócios, não separa bens pessoais dos bens da empresa.
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SLU — Sociedade Limitada Unipessoal: sem sócios, separa patrimônio (responsabilidade limitada).
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LTDA — Sociedade Limitada (com sócios): dois ou mais sócios, responsabilidade limitada de cada um ao capital social.
EI — Empresário Individual
Para quem é: negócios muito pequenos e de baixo risco, quando o empreendedor deseja operar sozinho e com burocracia mínima.
Características essenciais
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Sócios: não permite sócios.
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Patrimônio: não há separação entre bens pessoais e bens da empresa. Em caso de dívidas ou passivos trabalhistas/tributários, seus bens podem ser alcançados.
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Gestão: estrutura simples, menos formalidades societárias.
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Capital social: livre (mas não cria “blindagem” patrimonial).
Vantagens
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Abertura simples e custos iniciais geralmente menores.
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Menos formalidades de governança.
Desvantagens (as mais críticas)
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Risco patrimonial elevado: você responde com seu CPF.
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Dificulta futura entrada de sócios (exige transformação da natureza jurídica).
Quando considerar EI
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Operações com baixo risco jurídico/financeiro e baixa exposição (ex.: prestação de serviço intelectual sem equipe, baixo passivo).
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Quem precisa começar rápido e está confortável com o risco patrimonial.
SLU — Sociedade Limitada Unipessoal
Para quem é: empreendedores sem sócio que buscam proteção patrimonial e estrutura moderna, com flexibilidade para crescer.
Características essenciais
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Sócios: não exige sócio (é “unipessoal”).
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Patrimônio: separação entre pessoa física e jurídica (responsabilidade limitada ao capital social, salvo abusos).
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Governança: segue as regras de LTDA, mas com um único titular.
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Capital social: livre (recomenda-se compatível com o porte/risco do negócio).
Vantagens
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Proteção do patrimônio pessoal (grande diferencial frente ao EI).
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Abertura e manutenção mais simples que sociedades pluripessoais.
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Permite futura entrada de sócios com facilidade (pode virar LTDA).
Desvantagens
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Um pouco mais de formalidades do que o EI (contrato/ato constitutivo, regras societárias).
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Exige atenção a boas práticas (separar contas, pró-labore, documentação), para não descaracterizar a limitação.
Quando considerar SLU
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Você quer empreender sozinho e reduzir o risco patrimonial.
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Plano de crescimento com possível entrada de sócios no futuro.
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Atividades com risco moderado a alto (ex.: equipe, contratos maiores, obrigações trabalhistas/tributárias relevantes).
LTDA — Sociedade Limitada (com sócios)
Para quem é: negócios com dois ou mais sócios, como empresas familiares, parcerias técnicas ou startups em estágio inicial.
Características essenciais
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Sócios: exige pelo menos dois.
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Patrimônio: responsabilidade limitada ao capital social de cada sócio.
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Governança: regida por Contrato Social, com regras de administração, quotas, quóruns, distribuição de lucros, retirada de sócios etc.
Vantagens
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Proteção patrimonial para os sócios (salvo exceções legais).
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Flexibilidade contratual: dá para detalhar regramentos (vesting, tag/drag along, cláusulas de não concorrência, etc.).
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Facilita captação de novos sócios/investidores.
Desvantagens
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Mais formalidades (assembleias/reuniões, alterações contratuais).
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Exige alinhamento societário (regras claras para evitar conflitos).
Quando considerar LTDA
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Há dois ou mais empreendedores.
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Negócio com divisão de funções (técnico, comercial, financeiro).
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Plano de escala/expansão com potenciais entradas de novos sócios.
EI x SLU x LTDA: qual escolher?
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Busca de proteção patrimonial? Prefira SLU (solo) ou LTDA (com sócios).
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Vai começar sozinho e quer crescer? SLU oferece a melhor relação simplicidade x segurança.
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Tem sócio desde o início? Vá de LTDA e invista em um Contrato Social robusto.
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Operação mínima, risco baixíssimo, orçamento apertado? EI pode servir, mas ciente do risco ao patrimônio pessoal.
Pontos legais e “pegadinhas” importantes
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Responsabilidade limitada não é blindagem absoluta.
Em casos de fraude, confusão patrimonial (misturar contas pessoais e da empresa), desvio de finalidade ou má-fé, pode haver desconsideração da personalidade jurídica. -
Capital social deve ser compatível com o porte e a exposição do negócio. Colocar R$ 1,00 de capital para uma operação de alto risco enfraquece a proteção.
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Separação financeira é obrigatória na prática: conta PJ, contrato de prestação de serviços, emissão de notas, pró-labore definido — tudo documentado.
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Alterações futuras são possíveis, mas geram custo e trâmites. Vale escolher certo desde o início.
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Contrato Social bem redigido (ou ato constitutivo na SLU) é o coração da governança: define poderes, saídas, sucessão, quóruns e evita litígios.
Documentos e passos (visão prática)
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Definição do objeto social (CNAEs) e endereço (após Consulta de Viabilidade).
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Elaboração do Contrato Social (LTDA) ou Ato Constitutivo (SLU); no EI, termo/simples constituição.
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Registro na Junta Comercial do estado.
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Emissão do CNPJ.
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Inscrições municipal/estadual (se aplicável) e licenças (alvará, vigilância, etc.).
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Abertura de conta bancária PJ e parametrização fiscal.
Erros comuns (e como evitar)
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Escolher EI por ser “mais fácil”, ignorando o risco patrimonial.
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Abrir LTDA sem contrato social detalhado, o que costuma gerar conflitos.
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Misturar finanças pessoais e empresariais, fragilizando a responsabilidade limitada.
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Subestimar licenças e exigências locais (alvará, zoneamento, vigilância).
Como a SABER Contábil ajuda
A SABER Contábil analisa seu modelo de negócio, nível de risco, plano de crescimento e necessidade de sócios, orientando a escolha entre EI, SLU e LTDA.
Também elaboramos o Contrato Social/Ato Constitutivo, alinhado às melhores práticas (quóruns, distribuição de lucros, entrada/saída de sócios, sucessão) e cuidamos do registro completo até o CNPJ ativo — com segurança jurídica e agilidade.
Resumo executivo:
Quer começar sozinho com proteção? SLU.
Vai empreender em parceria? LTDA com contrato forte.
Operação mínima e aceitando risco pessoal? EI (considere os riscos).
5. Escolha as atividades da empresa (CNAEs)
Toda empresa precisa definir oficialmente o que faz, e isso é feito por meio do CNAE — Classificação Nacional de Atividades Econômicas.
Em outras palavras, o CNAE é o código que identifica a atividade principal e as atividades secundárias da sua empresa perante os órgãos públicos.
Como funciona o CNAE
Cada CNAE representa uma atividade econômica reconhecida pelo governo.
Ao abrir sua empresa, você deve indicar:
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CNAE principal: a atividade que melhor representa o foco do seu negócio;
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CNAEs secundários: outras atividades complementares que você também pretende exercer.
Exemplo prático:
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CNAE principal: comércio varejista de roupas
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CNAE secundário: comércio varejista de calçados
Esses códigos serão usados em todos os registros oficiais da empresa — como CNPJ, notas fiscais e licenças municipais.
Por que a escolha do CNAE é tão importante
A definição correta do CNAE impacta diretamente em vários aspectos legais e tributários, como:
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Regime de tributação: define quais impostos você vai pagar (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real).
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Enquadramento empresarial: determina se a atividade é permitida para MEI.
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Licenciamento: indica se o negócio precisa de alvarás específicos — por exemplo, vigilância sanitária, conselho de classe, entre outros.
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Obrigações acessórias: influencia no envio de declarações e obrigações fiscais.
Um erro na escolha do CNAE pode causar pagamento indevido de impostos, multa por enquadramento incorreto ou até impedimento de funcionamento da empresa.
Dica profissional
Sempre pense no presente e no futuro do seu negócio ao definir os CNAEs.
Se você tem planos de expandir suas atividades (ex.: começar com serviços e depois incluir comércio eletrônico), já inclua CNAEs secundários compatíveis desde o início — isso evita retrabalho e custos com alteração cadastral.
6. Defina o regime tributário ideal
O regime tributário é o sistema que define como e quanto sua empresa vai pagar de impostos.
E aqui mora um dos erros mais comuns entre novos empreendedores: escolher o regime errado.
Uma decisão precipitada pode fazer você pagar até 70% a mais em tributos — dinheiro que poderia ser reinvestido no crescimento do negócio.
As principais opções de regime tributário
Simples Nacional
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Limite de faturamento: até R$ 4,8 milhões por ano
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Tributos unificados: reúne até 8 impostos (IRPJ, CSLL, PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS e CPP) em uma única guia (DAS)
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Burocracia: reduzida
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Carga tributária: geralmente mais leve
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Indicado para: micro e pequenas empresas, principalmente prestadores de serviço e comércios com margem controlada
Vantagens
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Pagamento simplificado de tributos
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Menos obrigações acessórias
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Alíquotas menores nos primeiros anexos
Desvantagens
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Pode deixar de ser vantajoso para empresas com folha alta ou margens pequenas (por causa do Fator R)
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Não permite deduzir certas despesas
Lucro Presumido
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Limite de faturamento: até R$ 78 milhões por ano
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Base de cálculo: o governo presume o lucro da empresa — normalmente 8% para comércio e 32% para serviços
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Indicado para: empresas com boa rentabilidade e custos baixos
Vantagens
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Simplicidade no cálculo do IRPJ e CSLL
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Possibilidade de planejamento tributário mais flexível
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Pode ser mais econômico que o Simples em alguns setores
Desvantagens
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Exige escrituração contábil mais detalhada
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Mesmo que a empresa tenha prejuízo, os impostos incidem sobre o lucro presumido
Lucro Real
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Sem limite de faturamento
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Base de cálculo: lucro efetivo apurado em balanço
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Indicado para: empresas com margens pequenas, despesas altas ou operações complexas
Vantagens
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Impostos calculados sobre o lucro real, o que pode reduzir a carga tributária em períodos de menor rentabilidade
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Permite deduzir todas as despesas operacionais
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Mais transparente e aceito em processos de licitação e auditorias
Desvantagens
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Exige controle contábil rigoroso e constante
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Maior custo operacional com contabilidade e compliance fiscal
Como escolher o regime certo
A escolha ideal depende de fatores como:
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Faturamento projetado;
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Margem de lucro real;
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Tipo de atividade e CNAE;
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Estrutura de custos e número de funcionários;
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Presença (ou não) de sócios e filiais.
Por isso, a definição não deve ser feita apenas com base em alíquotas aparentes — é preciso simular cenários tributários e contábeis para entender o impacto real no caixa da empresa.
A importância da orientação contábil
Na SABER Contábil, o contador analisa seu modelo de negócio, fluxo financeiro e projeção de crescimento, e com base nisso, indica o regime tributário mais vantajoso e sustentável para sua realidade.
Na prática: um enquadramento correto garante economia fiscal, previsibilidade de custos e segurança jurídica — pilares de uma gestão financeira saudável.
Perguntas Frequentes sobre como abrir uma empresa em Uberlândia
1. Quanto tempo leva para abrir uma empresa em Uberlândia?
O prazo médio varia de 3 a 10 dias úteis, dependendo da atividade e da documentação. O processo inclui registro na Junta Comercial, emissão do CNPJ e liberação do alvará municipal.
2. É possível abrir uma empresa usando meu endereço residencial?
Sim, em alguns casos é permitido. Atividades sem atendimento ao público ou sem impacto urbano podem utilizar o endereço residencial, desde que aprovadas pela Prefeitura após a Consulta de Viabilidade.
3. Qual é o custo médio para abrir uma empresa?
Os custos dependem do tipo de empresa, natureza jurídica e licenças exigidas. Em geral, incluem taxas da Junta Comercial, registro e alvarás. Para MEIs, o registro é gratuito e 100% online.
4. Qual regime tributário é melhor para começar?
Depende do faturamento e do tipo de atividade. O Simples Nacional costuma ser o mais vantajoso para micro e pequenas empresas, mas vale analisar também o Lucro Presumido e o Lucro Real com auxílio contábil.
5. Posso abrir uma empresa sozinho, sem sócio?
Sim. É possível abrir uma empresa individual como MEI, EI ou SLU. A SLU é a mais recomendada por oferecer proteção patrimonial, mantendo separados os bens pessoais e os da empresa.
Conclusão
Abrir uma empresa vai muito além de preencher formulários ou gerar um CNPJ.
É o momento de transformar um sonho em realidade, de tirar uma ideia do papel e vê-la se tornar um negócio com nome, propósito e futuro.
É o início da sua história empreendedora.
Mas é importante lembrar: você não precisa fazer isso sozinho.
Com a orientação certa, o processo de abertura deixa de ser burocrático e se torna um passo estratégico rumo à liberdade profissional e financeira.
A SABER Contábil está pronta para te ajudar a abrir sua empresa em Uberlândia com segurança, agilidade e economia.
Nossa equipe cuida de toda a parte contábil, fiscal e legal, para que você possa focar no que realmente importa: fazer o seu negócio crescer.
Fale com a SABER Contábil e descubra como abrir sua empresa do jeito certo — com tranquilidade, planejamento e apoio de quem entende do assunto.
Você sonha, a gente estrutura.
E juntos, construímos um negócio sólido, próspero e duradouro.
Como a contabilidade impulsiona seu negócio
A contabilidade certa te ajuda a:
- Pagar menos impostos de forma legal
- Evitar multas e erros
- Tomar decisões com base em dados reais
- Planejar crescimento com clareza e segurança
Empreender é um desafio, mas você não precisa fazer isso sozinho. Com o apoio da SABER Contábil, seu negócio já nasce forte, organizado e pronto para crescer.








